sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Novos empreendedores usam tecnologia para acelerar negócios


As startups, ou empresas nascentes, estão ganhando força no Brasil e buscam tecnologia da informação e comunicação (TIC) de baixo custo para serem eficientes e atrair investidores. Levantamento da Serasa Experian revela que foram abertos no primeiro semestre de 2014 um total de 944.678 novas empresas no País, com aumento de 4,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Muitos desses negócios, que exploram os mais variados segmentos da economia, são erguidos para operar no mundo digital, com escritórios virtuais que possam funcionar em qualquer lugar, sem restrição de horário. Segundo pesquisa da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), a nova geração de empresários inspira-se no modelo de empreendedores do Vale do Silício, na Califórnia (Estados Unidos), a meca dos negócios de TI. "Lá a cultura do empreendedor é de que basta ter acesso à internet e um local onde possam ficar seus dados e aplicações para começar a trabalhar. Esse modelo tem sido bastante disseminado no Brasil, principalmente por conta dos serviços novos de cloud computing [computação em nuvem]", diz Almir Meira Alves, professor e coordenador dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia de Produção 2.0 da Fiap. “As tecnologias atuais facilitam a gestão desses negócios, com comunicação para trabalho colaborativo, sem barreira física com suas equipes”, acrescenta Renato Fonseca, gerente da Unidade de Desenvolvimento e Inovação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP). Ele explica que as empresas conectadas contam com tecnologias que fortalecem o relacionamento com os clientes e disciplinam a gestão dos negócios

Novas tecnologias facilitam trabalho remoto nas empresas


Um paulistano gasta, em média, 2 horas e 46 minutos por dia no trânsito, de acordo com pesquisa divulgada pela ONG Nossa São Paulo. A rotina de trânsito e estresse se repete nas principais metrópoles brasileiras e tem estimulado empresas a aderirem ao trabalho remoto. Esse modelo permite que os executivos exerçam suas atividades de casa ou onde quer que estejam apoiados pelas novas tecnologias de comunicação colaborativa. O trabalho remoto é uma tendência global e começa a despertar mais interesse de empresas do Brasil. Relatório da consultoria Top Employers Institute com 20 companhias locais, que são referências nas melhores práticas em Recursos Humanos, apontou que 15% instituíram em 2014 o home office. Esse índice é mais que o dobro dos 6% reportados em 2013. Hoje há uma variedade de tecnologias para equipar o escritório virtual do trabalhador remoto, que vão dos dispositivos móveis com banda larga até os sistemas de telepresença para reuniões à distância. A Faculdade de Tecnologia Bandeirantes (BandTec), considera que a tendência do trabalho remoto está se fortalecendo com a computação em nuvem e com o conceito de PC virtual. Com essas tecnologias, as companhias podem transformar os computadores dos funcionários em desktop virtual, permitindo acesso de casa ou de onde estiverem, a seus e-mails e aplicativos. De acordo com Sandro Melo, coordenador do curso de redes de Computadores da BanTec, a vantagem é que as empresas centralizam os recursos de tecnologia da informação (TI) em um ambiente virtual, o que facilita na hora de atualizar as novas versões de software, realizar backups e fazer a manutenção dos sistemas. “É uma mudança que traz redução de custos operacionais”, analisa o professor.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Gestão da Qualidade Total


A Gestão da Qualidade Total, em inglês "Total Quality Management - TQM", consiste numa estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. É referida como "total", uma vez que o seu objetivo é a implicação não apenas de todos os escalões de uma organização, mas também da organização estendida, ou seja, seus fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócios. Compõe-se de diversos estágios, como por exemplo, o planejamento, a organização, o controle e a liderança. Um desenvolvimento posterior do conceito é o Seis Sigma. O conceito do TQM foi sendo desenvolvido por numerosos consultores empresariais norte-americanos tais como W. Edwards Deming, Joseph M. Juran e Armand V. Feigenbaum. Em 1961, Feigenbaum definia o TQC como um sistema eficaz que integra o desenvolvimento da qualidade, a manutenção da qualidade e os esforços de melhoria da qualidade entre os diferentes setores da empresa, com o objetivo de criar produtos/serviços com o máximo de economia e a plena satisfação dos consumidores. Mas foi no Japão (onde Deming e Juran trabalharam após a Segunda Guerra Mundial) que a Qualidade Total tomou o formato que influenciou os empresários do mundo todo. Shigeru Mizuno publicou o livro Company-Wide Total Quality Control, publicado pela Asian Productivity Organization em 1988, que teve milhares de edições vendidas no mundo todo. A Toyota, no Japão, foi a primeira organização a empregar o conceito de "TQM" (ver Toyotismo), superando a etapa do fordismo, onde esta responsabilidade era limitada apenas ao nível da gestão. No "TQM" os colaboradores da organização possuem uma gama mais ampla de atribuições, cada um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da organização. Desse modo, a comunicação organizacional, em todos os níveis, torna-se uma peça-chave da dinâmica da organização. Masao Namoto entrou na Toyota em 1943 e foi nomeado presidente da Toyoda Gosei (Conglomerado Toyota) em 1982. Em 1985 a empresa ganhou o Prêmio Deming (prêmio japonês) de gestão de qualidade. Em 1987, Nemoto teve dois livros publicados em inglês com o título Total Quality Control for Management - Strategies and Techniques from Toyota and Toyoda Gosei. Nemoto combinara o sistema de produção da Toyota (com o sistema Kanban e o just-in-time), os conceitos de qualidade e sua filosofia gerencial que resume em dez princípios. Tem sido amplamente utilizada, na atualidade, por organizações públicas e privadas, de qualquer porte, em materiais, produtos, processos ou serviços. 

A conscientização e a busca da qualidade e do reconhecimento da sua importância, tornou a certificação dos sistemas de gerenciamento da qualidade indispensável uma vez que: 
- Aumenta a satisfação e a confiança dos clientes; 
- Aumenta a produtividade; 
- Reduz os custos internos; 
- Melhora a imagem e os processos de modo contínuo; 
- Possibilita acesso mais fácil a novos mercados. 

A certificação permite avaliar as conformidades determinadas pela organização através de processos internos, garantindo ao cliente um material, processo, produto ou serviço concebido conforme padrões, procedimentos e normas. Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para a "qualidade total" tem consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada periodicamente. O objetivo último das organizações humanas é assegurar a sobrevivência da espécie. Por analogia, a finalidade última de qualquer organização, nomeadamente de uma do tipo empresarial é sobreviver. A condição “sine qua non” para que uma empresa possa executar os objetivos pretendidos pelos seus proprietários, administradores ou acionistas é que ela exista, que esteja viva. Caso esta condição não se verifique, nenhum dos objetivos pode ser perseguido, muito menos alcançado. A gestão da qualidade aponta para a preferência do consumidor, o que aumenta a produtividade, levando a uma maior competitividade e assegurando a sobrevivência das empresas. Podemos definir qualidade de inúmeras formas. Podemos considerar que é um atributo essencial e diferenciador de alguma coisa ou de alguém, como uma medida de valor ou excelência, como a adequação ao uso, tal como J.M.Muran a definiu, como “conformidade com as situações, nas palavras de P.B.Crosby, ou ainda, usando as palavras de Vicente Falconi, “um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. 

Os princípios básicos da qualidade total são: 
- Produzir bens ou serviços que respondam concretamente às necessidades dos clientes; 
- Garantir a sobrevivência da empresa por meio de um lucro continuo obtido com o domínio da qualidade; 
- Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais elevada prioridade (Pareto); 
- Falar, raciocinar e decidir com dados e com base em factos; 
- Administrar a empresa ao longo do processo e não por resultados; 
- Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas fundamentais; 
- O cliente é Rei. Não se permitir servi-lo se não com produtos de qualidade; 
- A prevenção deve ser a tão montante quanto possível; 
Na lógica anglo-saxônica de “trial and error”, nunca permitir que um problema se repita.

A lógica para que as empresas se possam desenvolver de acordo com estes pressupostos é a lógica do PDCA (Plan; Do; Check; Act to correct)

domingo, 23 de novembro de 2014

Inadimplência: 5 passos essenciais para receber dentro do prazo


Uma das maiores dores de cabeça na gestão financeira de uma empresa é a dificuldade para receber dos clientes no prazo correto. Se eles atrasam, o fluxo de caixa fica comprometido e pode até faltar dinheiro para pagar as contas. Quando a relação é informal, situação comum para quem presta serviços, fica ainda mais difícil lidar com as contas a receber. Se a relação comercial não está clara, perdem-se prazos, valores e a credibilidade entre as partes. Por isso, separamos 5 passos essenciais para evitar a inadimplência e receber dos seus clientes dentro do prazo correto. 

1) Seja transparente: Deixe claro para o seu cliente as condições da negociação: o valor total cobrado, as formas e os prazos de pagamento, se é a vista ou parcelado e, especialmente, as consequências caso o seu cliente não pague na data correta. Elas podem ser multas, juros ou mesmo a interrupção do serviço, por exemplo. 

2) Lembre o seu cliente de pagar: Muitos clientes simplesmente esquecem a data de pagamento. Entre em contato com seu cliente pelo menos um dia antes do vencimento para lembrá-lo do compromisso que foi assumido. Neste momento, mantenha o tom amigável e vá direto ao ponto. 

3) Facilite o pagamento: Ofereça diferentes formas de pagamento para o seu cliente. Prefira receber com cartões de crédito ou débito, se possível. Apesar de você pagar uma taxa por isso, a operadora do cartão garantirá o recebimento do dinheiro. Se você não tem acesso a uma máquina de cartão você pode usar um sistema de pagamento online, como o PayPal, Moip ou PagSeguro. Tome cuidado com pagamentos em cheque. Na hora de descontá-los, pode descobrir que a conta do cliente não tem fundos, o que aumenta as suas chances de não receber o dinheiro. Outra opção é contratar uma carteira de cobrança em seu banco e emitir boletos, uma forma prática de receber pagamentos. 

4) Conheça o histórico: Mantenha um controle de vendas atualizado para analisar o histórico de clientes e identificar aqueles que oferecem maior risco de não te pagar. Se um cliente costuma pagar com atraso, é muito provável que irá atrasar novamente. Mesmo que você decida fazer uma venda para um cliente com histórico problemático, tente oferecer condições de pagamento menos flexíveis. Vale também consultar o CPF ou CNPJ do cliente em órgãos como o SPC ou Serasa, o que pode te dar proteção extra. 

5) Preste atenção na sazonalidade: Existem épocas do ano nas quais seus clientes podem estar com as contas mais apertadas. Os três primeiros meses do ano são os que apresentam um maior índice de inadimplência. Portanto, fique atento e evite oferecer crédito facilitado nesta época. Você pode também identificar diferentes sazonalidades no seu negócio por meio do seu controle de vendas, analisando os meses em que teve mais dificuldade em receber. Lembre-se: prevenir é melhor do que remediar. Aplicando essas dicas, você aumenta a chance de alavancar os seus negócios. Afinal, não há nada melhor do receber dos seus clientes em dia!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O que é análise de sensibilidade?

A análise de sensibilidade é uma fase extremamente importante no processo de análise da concessão de um crédito. Nesta fase, o agente de crédito ou analista financeiro irá monitorar a situação macroeconômica a fim de prever situações que poderão aumentar o nível de risco da operação.
Santos (2006) cita como exemplo o monitoramento das taxas de juros. O aumento das mesmas pode desencadear a redução do nível de atividade econômica ou até levar à recessão, reduzindo a capacidade de geração e retenção de fluxos de caixa, comprometendo a capacidade real de pagamento dos compromissos financeiros das mesmas.
É importante que os analistas de crédito monitorem o mercado e a economia em geral a fim de prever possíveis situações de desequilibro na economia. O objetivo é evitar o cenário de incumprimento dos pagamentos nas suas carteiras de crédito. Blatt (1999) explica que uma correta avaliação do mercado pode ajudar a definir quais taxas serão praticadas, quais prazos de pagamento são mais favoráveis e em quais situações o devedor poderá se tornar incumpridor.

O que é análise patrimonial?

A análise patrimonial é frequentemente utilizada para a avaliação das garantias que os clientes podem oferecer para vincularem ao contrato de concessão, segundo Santos (2006). O autor define garantia como a vinculação de um bem que assegure a liquidação do crédito caso o tomador não honre suas dívidas.
Entretanto, Blatt (1999) defende que a concessão do crédito não pode estar atrelada ao bem disposto como garantia, pois assim a organização estaria comprando um bem que não é de interesse.
Santos (2006) complementa dizendo que a finalidade da garantia é evitar que fatores imprevisíveis impossibilitem a quitação do crédito adquirido pelo solicitante. O Banco Central estabelece que as instituições financeiras que trabalham com a concessão de crédito devem exigir dos solicitantes garantias suficientes para garantir o retorno do capital utilizado na operação.
Porém, fica a cargo da instituição de concessão de crédito definir quais garantias serão aceitas, bem como a real necessidade das mesmas para a realização da operação de crédito. Além disso, Santos (2006) diz que as garantias reais (bens) devem ser corretamente analisadas para se verificar a possibilidade de solvência das mesmas, assim como seu valor de mercado real e a existência de ações legais que impeçam que sejam utilizadas.

O que é análise de relacionamento?

A análise de relacionamento baseia-se principalmente na análise realizada sobre as informações extraídas do histórico do relacionamento do cliente com o credor e o mercado de crédito. Quando o cliente já é conhecido da instituição de concessão de crédito, é possível extrair informações de créditos adquiridos anteriormente, taxas de juros aplicadas, frequência de utilização, pontualidade na amortização, dentre outros.
Santos (2006) acredita que essa análise de relacionamento auxilia na análise da idoneidade do cliente e pode garantir uma decisão mais favorável ou não à concessão do crédito. Contudo, aponta a dificuldade dos agentes de crédito de conseguirem informações precisas junto a outras instituições de crédito devido à necessidade de manter sigilo sobre as operações com que trabalham. Conhecer o patrimônio dos clientes é importante no processo de análise de crédito, principalmente para que seja possível vinculá-lo em contratos de crédito sempre que for verificada a existência de algum risco maior.

O que é análise financeira?

Segundo Blatt (1999) a análise financeira é primordial para a determinação das forças e fraquezas financeiras do cliente, a partir das informações das demonstrações financeiras do mesmo. A análise da renda total do cliente e posterior análise de compatibilidade com os créditos pretendidos é uma fase de vital importância no processo de análise dos riscos de crédito.
Para Black; Morgan (apud Santos, 2006), deve ser dada atenção especial à análise da renda, pois consideram existir relação direta entre a renda e a taxa de inadimplência de pessoas físicas. Santos (2006) ainda diz que é de suma importância determinar o valor exato da renda e a sua regularidade, bem como a probabilidade de continuar sendo recebida. Desta maneira é possível identificar fatores que poderão vir a prejudicar o futuro pagamento da dívida contraída.
Autores como Santos (2006), Blatt (1999) e Schrickel (2000) definem os Demonstrativos de Pagamento, Declaração de Imposto de Renda e Extratos Bancários como as melhores fontes de informações sobre a renda do cliente.
Os Demonstrativos de Pagamento, fornecidos pelos empregadores dos solicitantes de crédito, constituem-se na fonte mais utilizada pelas instituições de concessão de crédito. A Declaração do Imposto de Renda é uma fonte alternativa de dados que possibilita um melhor cálculo sobre a renda média mensal do solicitante, segundo Santos (2006).
No caso de pessoas físicas autônomas ou profissionais que trabalhem em atividades sazonais, o agente de crédito deve tomar especial cuidado com discrepâncias na renda média mensal do cliente. Para Santos (2006), nessa situação, a comprovação da renda é de extrema dificuldade e por isso o agente de crédito deve se basear em cálculos aproximados a partir de demonstrativos bancários, tais como extratos de contas bancárias.
É sugerido, por Santos (2006), a construção de um Balanço Patrimonial adaptado do solicitante do crédito, por parte do agente de crédito. Tal instrumento visa a uma melhor visualização dos ativos e passivos a fim de determinar a situação financeira e capacidade de pagamento do cliente.
Os ativos representam os bens, tanto financeiros como patrimoniais, dos clientes. São colocados em ordem de liquidez, iniciando pelos ativos que melhor possam ser convertidos em receita imediata, representados por valores em conta corrente, salário e outros, até os ativos menos líquidos, como por exemplo, veículos e imóveis. Os passivos representam todos os compromissos que o cliente assumiu com o mercado de crédito ou para a compra de bens e serviços. São organizados de maneira a iniciar pelos de maior solvência (imediata) até os de maior prazo de pagamento.
Segundo Santos (2006), quanto maior for o saldo do ativo total em relação ao passivo total, maior será a capacidade de o cliente honrar as dívidas adquiridas. Neste caso, o patrimônio líquido, calculado pela diferença entre o total dos ativos e o total dos passivos, será um excelente indicador da riqueza do cliente e, por conseguinte, da capacidade de pagamento do mesmo.

O que é análise de idoneidade?

A análise de idoneidade consiste no levantamento e análise de informações relacionadas à idoneidade do cliente com o mercado de crédito. Segundo Santos (2006), esta análise baseia-se na coleta de informações sobre o solicitante do crédito junto às empresas especializadas no gerenciamento de risco de crédito. Empresas como Serasa, Boa Vista Serviços (SCPC), EQUIFAX e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) são exemplos de organizações que podem fornecer informações úteis sobre a situação de crédito do cliente.
Para Santos (2006), a análise da idoneidade deve ser um das primeiras informações averiguadas, pois caso o cliente não possua informações negativas as demais informações poderão ser coletadas e analisadas para a análise do risco total.
A idoneidade do cliente pode ainda ser classificada em quatro categorias, conforme Santos (2006):
  • Sem Restritivos: quando não há informações negativas sobre o cliente no mercado de crédito;
  • Alertas: quando há registros antigos no mercado de crédito, já solucionados, que não impedem a concessão de novos créditos. Apenas ocorre a exigência de uma análise mais criteriosa por parte do agente de crédito;
  • Restritivos: indicam que o cliente possui informações desabonadoras no mercado de crédito. São exemplos: registros de atrasos, renegociações e geração de prejuízos a credores. Podem ser classificadas como de caráter subjetivo (de uso interno de instituições do mercado de crédito) ou de caráter objetivo, tais como protestos, registros de cheques sem fundo, ações de busca e apreensão, dentre outros; e
  • Impeditivos: são apontamentos que impedem que pessoas físicas atuem como tomadores de crédito, a exemplo de bloqueios de bens, impedimentos no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), proibições legais de concessão de crédito, dentre outros.

O que é análise cadastral?

A análise refere-se a processo de análise dos dados de identificação dos clientes. Conforme Blatt (1999) evidencia, o sucesso da concessão do crédito depende de informações confiáveis a respeito do cliente. Santos (2006) complementa, dizendo que: "O levantamento e a análise das informações básicas de crédito são requisitos fundamentais para a determinação do valor do crédito, prazo de amortização, taxas de juros e, se necessário reforço ou vinculação de novas garantias." (SANTOS, 2006, p. 47). Segundo o Manual de Normas e Instruções do Banco Central do Brasil (2006), as instituições de crédito, micro crédito e bancos tradicionais só devem conceder empréstimos (crédito) a tomadores se possuírem adequadas e não restritivas informações cadastrais. Schrickel (2000) reafirma todos estes fatos, dizendo que as instituições de crédito devem munir-se de elementos informativos essenciais e indispensáveis sobre o potencial tomador do crédito, antes de manter qualquer tipo de relacionamento concreto ou formalizar alguma operação de crédito. Porém, todas as instituições de crédito devem atentar para o sigilo das informações coletadas pelos agentes de crédito. Schrickel (2000) sugere que as informações e documentação pessoal devem ser mantidas arquivadas sobre minucioso controle. Tal atenção é necessária para que ocorra sigilo das informações e para que melhor lhe permita o controle, manuseio e atualização dos dados. Os dados que deverão ser identificados para análise, segundo Santos (2006), deverão ser os seguintes:

  • Escolaridade;
  • Estado Civil;
  • Idade;
  • Idoneidade;
  • Moradia (se própria ou alugada e tempo de residência);
  • Número de dependentes;
  • Renda (principal e complementar);
  • Situação legal dos documentos; e
  • Tempo no atual emprego ou atividade exercida.

  • Santos (2006) ainda defende que no processo de análise de crédito deve-se considerar todas as informações relacionadas com a situação financeira do cliente, pois a análise conjunta dos dados irá fornecer informações mais precisas para a tomada de decisão. Para Schrickel (2000), o agente de crédito deve atentar para a seguinte documentação legal:
    • Certidão de Casamento, se casado (a);
    • Cédula de Identidade (RG);
    • Cartão de Identificação do Contribuinte (CPF);
    • Declaração de Bens (anexo da declaração do Imposto de Renda), conforme Lei 8.009/1990 – Lei de Impenhorabilidade do Bem de Família;
    • Comprovante de rendimentos;
    • Comprovante de residência;
    • Procurações (se houver);
    • Cartões de Instituições Financeiras (originais); e
    • Ficha Cadastral preenchida e assinada.
    Por fim, Blatt (1999) explica que a ficha cadastral é um resumo da vida do cliente, por meio da qual o credor tem a possibilidade de obter um conhecimento inicial sobre o mesmo. Ele ainda define como “[...] um conjunto de informações financeiras e não financeiras que subsidiam o processo decisório de crédito, auxiliando na avaliação [...] do cliente. (BLATT, 1999, p. 78).

    Análise de crédito para Pessoa Física

    O processo de análise de crédito para pessoa física visa a identificar os riscos para a organização que está concedendo o crédito, evidenciar conclusões quanto à capacidade de pagamento do tomador e fazer recomendações sobre o melhor tipo de empréstimo a ser concedido. A análise ocorrerá conforme as necessidades do solicitante e dentro de um nível de risco aceitável, a partir de documentação apresentada e análise da mesma, objetivando a maximização dos resultados da instituição, segundo Schrickel (2000). Este processo é extremamente importante para a análise de crédito efetuada em organizações de concessão de microcrédito, principalmente devido à simplificação e desburocratização desta modalidade, conforme explicado anteriormente. Além disso, a análise subjetiva de crédito não é um exercício que visa ao cumprimento de disposições normativas, mas sim tem por objetivo chegar a uma decisão clara sobre a concessão ou não do crédito ao solicitante, acrescenta Santos (2006). Porém, o processo de análise subjetiva, como o próprio nome diz, não é uma ciência exata, podendo existir inúmeras soluções para cada situação de concessão, sendo certo que a análise pode fazer emergir opções durante o processo decisório, complementa Blatt (1999). É preciso dizer, ainda, que a análise de crédito é um processo organizado a fim de reunir e montar todos os fatos que conduzem ao problema, determinar as questões e suposições relevantes para a tomada de decisão, analisar e avaliar os fatos levantados e desenvolver uma decisão a partir das alternativas funcionais e aceitáveis. Schrickel (2000) complementa que a análise será mais consistente quanto mais presentes e valiosas forem as quantificações dos riscos identificados e praticidade, bem como a viabilidade das conclusões chegadas. Portanto, o processo de análise de crédito para pessoa física baseia-se na qualidade das informações obtidas e nas decisões decorrentes. Essas decisões devem ser práticas e viáveis dentro de um modelo funcional adaptado à realidade da organização. Além disso, em qualquer situação de análise de crédito, há três etapas distintas a percorrer, conforme Schrickel (2000): Análise Retrospectiva: avaliação do desempenho histórico do tomador potencial, analisando os riscos inerentes ao mesmo e como foram contornados. Este processo visa a identificar fatores na atual condição do tomador que possam dificultar o pagamento da divida; Análise de Tendências: projeção da condição futura do tomador do crédito, a fim de avaliar o nível de endividamento suportável e o quão oneroso será o crédito que se espera obter; e Capacidade Creditícia: a partir do grau de risco que o tomador apresenta e a projeção do seu nível de endividamento futuro, avaliar a capacidade creditícia do tomador, ou seja, qual a quantia de capital que ele poderá obter junto ao credor.
    Para que ocorra uma análise minuciosa de risco da operação de concessão de crédito à pessoa física, é preciso passar por algumas fases distintas durante o processo. Santos (2006) define seis fases para este processo: Análise Cadastral; Análise de Idoneidade; Análise Financeira; Análise de Relacionamento; Análise Patrimonial; e Análise de Sensibilidade.

    O que é análise de crédito?

    A análise de crédito é um processo organizado para analisar dados, de maneira a possibilitar o levantamento das questões certas acerca do tomador do crédito. "Este processo cobre uma estrutura mais ampla do que simplesmente analisar o crédito de um cliente e dados financeiros para a tomada de decisão com propósitos creditícios" (BLATT, 1999, p. 93). Segundo Santos (2000), o processo de análise e concessão de crédito recorre ao uso de duas técnicas: a técnica subjetiva e a técnica objetiva ou estatística. A primeira diz respeito à técnica baseada no julgamento humano e a segunda é baseada em processos estatísticos. Em relação à primeira técnica, Schrickel observa que: "a análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão de crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações e informações incompletas". (SCHRICKEL, 2000, p. 27). Ou seja, grande parte da análise de crédito é realizada através do julgamento do agente de crédito, baseada principalmente na habilidade e experiência do mesmo. Santos (2006) ainda explica que esta técnica baseia-se na experiência adquirida, disponibilidade de informações e sensibilidade de cada analista quanto a aprovação do crédito. A análise subjetiva do tomador do crédito é importante, visto que através da experiência do agente de crédito é possível identificar fatores de caráter, capacidade, capital e condições de pagamento. Porém, essa análise não pode ser realizada de maneira aleatória, é preciso estar embasada em conceitos técnicos que irão guiar a tomada de decisão. Algumas empresas de pequeno porte não dispõem de capacidade financeira para manter um analista de crédito, por isso tem surgido empresas que podem dar um suporte a esses empreendedores, visando a diminuição das perdas financeiras com a inadimplência. Todos os processos descritos abaixo, são feitos por essas empresas e em seus relatórios com os resultados da análise de crédito também estão incluídos as consultas no SPC/SERASA. Análise de Crédito é o momento no qual o agente cedente irá avaliar o potencial de retorno do tomador do crédito, bem como, os riscos inerentes à concessão. Tal procedimento é realizado, também, com o objetivo de ser possível identificar os clientes que futuramente poderão não honrar com suas obrigações, acarretando uma situação de risco de caixa à organização. Através da Análise de Crédito será possível identificar se o cliente possui idoneidade e capacidade financeira suficiente para amortizar a dívida que se pretende contrair.

    sexta-feira, 15 de agosto de 2014

    O que é Trainee?


    Trainee significa em treinamento, e é um termo de origem inglesa. Trainee é um cargo hierárquico em uma empresa, onde geralmente, é a evolução do estágio, é o profissional que está no último ano de faculdade, ou recém terminou. Na maioria das empresas, o trainee está em treinamento para assumir posteriormente um cargo de gerente ou coordenador. Normalmente, o profissional passa por diversos setores da empresa, para compreender como funciona por completo, além de passar por todos os tipos de treinamentos, cursos, palestras e etc. Normalmente, os programas de trainee aceitam que tenham até 2 anos de formado em um curso de graduação, e o programa todo costuma ter duração de 1 a 3 anos, em regime CLT, ou seja, tem a carteira assinada. O trainee tem geralmente um salário maior, comparado com outros funcionários, além de diversos benefícios. Os programas de trainee preparam os jovens para ocupar cargos altos, liderar equipes e muito mais, as empresas realmente valorizam muito as pessoas que foram contratadas, pois normalmente são muitos candidatos, para poucas vagas. No Brasil, os trainees mais conhecidos e concorridos são os da Gerdau, Unilever, Ambev, Procter e Gamble e várias outras. Geralmente as empresas que promovem esse tipo de programa são multinacionais e outras grandes empresas, que estejam dispostas a investir tempo e dinheiro nos seus novos talentos.

    domingo, 6 de julho de 2014

    10 dicas práticas para evitar ruídos de comunicação com seu chefe

    Às vezes o gestor é confuso, pede uma coisa e cobra outra. Em outros momentos quem não entendeu o que fazer foi o subordinado, tímido, que não tirou a dúvida. O feedback não foi bem dado, os funcionários não sabem quais são os objetivos do trabalho, aonde devem chegar ou como fazê-lo.
    A grande verdade é que ruídos de comunicação existem em qualquer tipo de relacionamento, seja pessoal ou de trabalho. O ambiente corporativo não está imune e sofre com esse tipo de problema, visível na falta de eficácia dos resultados, na ausência de comprometimento da equipe, na desmotivação e na insatisfação do profissional com sua própria carreira.
    "Deve-se estabelecer uma comunicação clara desde a alta gerência até o operacional. É preciso compreender a importância da comunicação de forma que todos na organização possam executar suas atividades com o mínimo de bloqueios e ruídos. Alguns gestores não possuem aptidão necessária para ter comunicação clara e objetiva com aqueles que lidera", explica Sylvia Ignácio da Costa, coordenadora de Graduação Tecnológica em Gestão de RH da Anhembi Morumbi.
    Por parte dos gestores é necessária a reflexão sobre como está a comunicação interna dentro da equipe. Mas cabe também ao funcionário dar retorno ao gestor caso não tenha entendido a solicitação.
    "Muitas vezes ocorrem ruídos que precisam ser esclarecidos. Explique ao gestor que não entendeu a tarefa e pergunte se ele poderia explicar novamente. Uma outra forma é repetir a informação com o objetivo de verificar se o entendimento está correto. A comunicação face a face ainda é um grande remédio para os conflitos", aconselha.
    Para evitar de uma vez por todas os mal entendidos que impedem o trabalho de ser feito como deve, veja abaixo as dicas da especialista:
    1. Esteja aberto ao diálogo
    Como esperar do chefe fluidez ao se comunicar se existem entraves para isso? Mostrar-se aberto a críticas e sugestões, a entender o que foi pedido e a ouvir o que ele queira dizer ajuda bastante nesse processo.
    2. Promova o feedback
    Muitas vezes o feedback parte do gestor, mas, se não for o caso, nada o impede de pedi-lo. Neste momento, vale o mesmo do item 1: estar aberto a críticas e sugestões mostra maturidade emocional e fortalece o canal de comunicação entre o funcionário e seu superior.
    3. Não tenha medo de perguntar
    Não entendeu? Pergunte. O papel do chefe é delegar funções e garantir que cada um saiba o que está fazendo e por quê. Não há mal algum em perguntar e a atitude mostra interesse e comprometimento em desempenhar a função corretamente.
    4. Não leve as críticas para o lado pessoal
    No fim das contas, trabalho é trabalho e o importante é sempre lutar para melhorar o desempenho. Entenda que ninguém nasce pronto e que perceber os próprios erros e trabalhar para melhorá-los faz parte do amadurecimento profissional.
    5. Controle suas emoções
    Quanto mais descontrolado e emotivo for o profissional, mais problemas ele terá ao se comunicar com os outros. As vias comunicatórias se bloqueiam quando uma das partes não sabe lidar bem com as informações.
    6. Tente enxergar o ponto de vista do chefe
    Nada melhor para ajudar a entender o que foi solicitado do que imaginar o que o chefe quer. Se você fosse ele, como gostaria de ver o trabalho executado? Que detalhes não poderiam faltar, considerando as metas e as expectativas de sua função?
    7. Anote as solicitações
    Esteja preparado com um papel e uma caneta para anotar tudo que o chefe pedir, no momento em que ele o faz. Isso ajuda a organizar o trabalho e as ideias, a saber o que está claro e o que não está, e, claro, a fazer a checklist das tarefas pendentes.
    8. Ouça com atenção e faça perguntas
    Saber ouvir é essencial para melhorar a comunicação. Em vez de pensar em milhares de coisas enquanto o chefe está delegando funções, concentre-se no que ele está falando e anote suas dúvidas. Depois, pergunte tudo o que precisar para que fique livre o caminho entre o pedido e a execução.
    9. Aja com paciência
    A pressa é uma grande inimiga do entendimento e, no fim das contas, pode atrasar ainda mais seu trabalho. Se você não entender como fazê-lo corretamente, terá de refazê-lo ou perderá tempo pensando em como executá-lo. Aproveite o momento com o chefe para ouvir com calma o que ele tem a dizer.
    10. Argumente no momento certo
    Sem interromper ninguém e com as emoções controladas, a argumentação pode ser frutífera quando o chefe abre espaço para ela. O importante é manter o respeito e esperar que ele termine seu ponto para, então, você começar a falar.

    domingo, 1 de junho de 2014

    Você conhece algum chefe psicopata na empresa? Saiba como agir

    Encontrar um psicopata no ambiente de trabalho não é algo tão incomum. Uma pesquisa da Universidade British Columbia diz que até 16% dos diretores executivos das empresas (CEOs) têm traços de pscicopatia.
    Se você já conviveu com alguém que mente o tempo todo, manipula as pessoas ao redor e age totalmente sem escrúpulos para alcançar objetivos próprios, provalmente esteve diante de um psicopata.

    "Geralmente, associa-se a imagem do psicopata a um assassino ou pessoa socialmente perigosa, mas é um traço de personalidade que pode estar presente em um indivíduo que consegue exercer alto controle de seus impulsos agressivos sem expressar comportamentos antissociais clássicos", afirma Rubens Luis Folchini Fernandes, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein. Saiba como identificar um psicopata no mercado de trabalho
    Para Luiz Fernando Garcia, CEO da Cogni-MGR, empresa especializada na modificação de comportamento de líderes, é fundamental inibir esse tipo de liderança que provoca níveis de coesão baixos e a desestruturação da empresa. “Um psicopata gera sempre altos custos: ele provoca superfaturamento e despesas adicionais, envolve pessoas e exige investimentos em recursos, gente e tempo para tirá-lo da organização”, afirma o especialista. Normalmente, o caminho natural é o desligamento do profissional, o que deve ser feito de forma cuidadosa e rápida, para evitar ainda mais danos à organização.
    Com a ajuda de Luiz Fernando Garcia, o G1 elaborou algumas dicas para saber como lidar com chefes psicopatas:

    Busque apoio profissional – Quando possível, busque apoio especializado de profissionais de psicologia para ter a certeza que a pessoa em questão apresenta esse transtorno de personalidade. “Não há tratamento para a psicopatia”, comenta o CEO da Cogni. “Ao se confirmar a presença de um psicopata no grupo, é necessário realizar uma operação delicada, rápida e precisa, para reduzir ao máximo os danos que ele causou ou pode causar à organização. O desfecho será inevitavelmente o desligamento do colaborador.”
    Rastreie o histórico do profissional – Busque elementos que comprovem o comportamento do profissional. Identifique conflitos que podem ter surgido com equipes e colegas. “Pessoas com esse transtorno posicionadas na alta gestão costumam favorecer o surgimento de situações complexas, gerar problemas administrativos inexistentes, apenas para se tornarem os salvadores da empresa”, conta Garcia.
    Aperte o cerco – Ao identificar o problema, procure criar vínculos novos e sistemáticos, além de participar mais dos trabalhos conduzidos pelo profissional em análise. “É fundamental que o profissional não perceba que está sendo analisado, ou ele buscará rapidamente formas de envolver pessoas e alterar processos de forma a se defender”, comenta o CEO da Cogni.
    Reforce a união da equipe -  Quando o cerco apertar, é possível que o profissional decida-se por deixar a empresa espontaneamente. “Ter a equipe ao lado da empresa é fundamental”, comenta Luiz Fernando Garcia. “A postura do grupo será decisiva no sentido de administrar a questão da forma correta, evitando-se que os membros da equipe municiem inadvertidamente o psicopata com informações valiosas sobre o processo”, aconselha Garcia.

    sábado, 24 de maio de 2014

    O que é planejamento?

    O planejamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Sendo, portanto, o lado racional da ação. Tratando-se de um processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos. Algumas ações necessitam de planejamento, mas muitas não. Nas atividades diárias, estamos sempre agindo, e antecipamos os resultados de nossas ações, mesmo que não estejamos completamente cientes dessa antecipação. Mas agimos com muito mais frequência do que planejamos, explicitamente, nossas ações: poucas vezes temos consciência de estarmos executando um processo de deliberação antes da ação. Assim que tomamos conhecimento de uma ação, ou quando executamos comportamentos bem treinados para os quais possuímos planos previamente armazenados, ou quando o curso de uma ação pode ser livremente adaptado enquanto ela estiver sendo executada, então, geralmente agimos e adaptamos nossas ações sem planejá-las explicitamente. Uma atividade premeditada exige deliberação quando se volta para novas situações ou tarefas e objetivos complexos ou quando conta com ações menos familiares. O planeamento também é necessário quando a adaptação das ações é coagida, por exemplo, por um ambiente crítico envolvendo alto risco ou alto custo, por uma atividade em parceria com mais alguém, ou por uma atividade que necessite estar sincronizada com um sistema dinâmico. Uma vez que o planejamento é um processo muito complicado, que consome muito tempo e dinheiro, recorremos ao planejamento apenas quando é realmente necessário ou quando a relação custo-beneficio nos obriga a planejar. Além disso, geralmente, procuramos somente planos bons e viáveis ao invés de planos ótimos. É importante que o planeamento seja entendido como um processo cíclico e prático das determinações do plano, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim dinamismo, baseado na multidisciplinaridade, interatividade, num processo contínuo de tomada de decisão. Trocando em miúdos, planejar é se preparar para qualquer ação que não seja acidental.

    quinta-feira, 22 de maio de 2014

    Motivadores Profissionais - Por Dave Francis

    De acordo com Dave Francis, autor do livro Managing your own career, ainda não publicado no Brasil, as pessoas que têm autonomia e controlam a sua própria carreira são mais motivadas. Entretanto, para que isso aconteça, é preciso entender os principais fatores que vão ajudá-lo a criar consciência para fazer as coisas que realmente devem ser feitas para impulsionar sua carreira. Motivadores são forças internas que determinam o grau de interesse em relação ao que você quer e precisa para a sua vida pessoal e profissional. Embora sejam muitos, identificar os principais motivadores poderá ajudá-lo a compreender melhor o que você está realmente buscando e não como chegar a isso.
    Em seu livro, o autor menciona nove motivadores profissionais. Cada um deles é composto de desejos e necessidades. Embora exista uma sutil sobreposição de conceitos e interpretações entre eles, cada qual tem sua própria característica.

    São eles:

    Associação: a necessidade de pertencer ao meio e a eterna busca de relacionamentos íntimos e significativos com as pessoas no trabalho.

    Autonomia: a busca pela independência, a capacidade de tomar decisões importantes por conta própria e risco, a vontade de ser o próprio patrão e de administrar o próprio tempo.

    Busca de sentido: fazer coisas que tenham valor em si mesmas ainda que não apresentem recompensas financeiras ou materiais; contribuir para uma sociedade melhor.

    Criatividade: identificar-se com uma forma de expressão original, fazer algo diferente, buscar a inovação constante, destacar-se na multidão por mérito.

    Especialização: domínio pessoal e excelência, realização numa área específica, buscar a reputação de especialista.

    Poder/Influência: buscar uma posição de controle sobre as pessoas e recursos; assumir um papel importante de liderança, comandar.

    Recompensas materiais: buscar elevado padrão de vida, aparentar riqueza, buscar a posse de bens e riquezas materiais.

    Segurança: a eterna busca por um futuro consistente e previsível; ter segurança financeira, optar por coisas mais seguras, zona de conforto e estabilidade.

    Status: sentir-se importante, ser reconhecido e ser valorizado; ser admirado e respeitado pela sociedade, fazer parte do "sistema".

    sábado, 3 de maio de 2014

    Capital Humano - O que é?

    Capital humano é o conjunto de capacidade, conhecimentos, competências e atributos de personalidade que favorecem a realização de trabalho de modo a produzir valor econômico. São os atributos adquiridos por um trabalhador por meio da educação, perícia e experiência. Muitas das primeiras teorias econômicas referem-se simplesmente como força de trabalho, um dos três fatores de produção.
    Adam Smith, filósofo e economista escocês do século XVIII, definiu o capital humano da seguinte forma: "As habilidades adquiridas e úteis de todos os habitantes ou membros da sociedade. A aquisição de tais talentos, por meio da manutenção do adquirente durante a sua educação, estudo ou aprendizagem, sempre custa uma despesa real, que é capital fixo e realizado, por assim dizer, em sua pessoa. Esses talentos, fazem parte de sua fortuna, tal como também da sociedade à qual ele pertence. A destreza melhorada de um trabalhador pode ser considerada a mesma que uma máquina ou um instrumento de comércio, que facilita o trabalho, e que, embora os custos, que reembolsa as despesas com um lucro. "
    Adam Smith argumentou ainda, que a força produtiva do trabalho é dependente da divisão do trabalho: "O maior aprimoramento nas forças produtivas do trabalho, e a maior parte da habilidade, destreza, e julgamento com o qual é dirigido em qualquer lugar, ou aplicada, parecem ter sido os efeitos da divisão do trabalho".
    O uso do termo na literatura econômica neoclássica moderna remonta ao artigo "Investment in Human Capital and Personal Income Distribution" de Jacob Mincer, publicado no The Journal of Political Economy, em 1958. Em seguida de T.W. Schultz, que também contribuiu para o desenvolvimento do assunto. A aplicação mais conhecida da ideia de "capital humano" na economia é a de Mincer e Gary Becker da "Escola de Chicago" de economia. O livro de Becker intitulado Capital Humano, publicado em 1964, tornou-se um padrão de referência por muitos anos. Nesta visão, o capital humano é semelhante aos "meios físicos de produção", por exemplo, fábricas e máquinas: pode-se investir em capital humano (via educação, formação, tratamento médico) em que uma das saídas depende, em parte, da taxa de retorno sobre a posse de capital humano. Assim, o capital humano é um meio de produção, em que um investimento adicional produz saídas adicionais. O Capital humano é substituível, mas não pode ser transferido como terra, trabalho ou capital fixo. Teoria moderna do crescimento vê o capital humano como um fator de crescimento importante.
    O conceito de capital humano tem relativamente mais importância em países com mão-de-obra excedentária. Estes países são naturalmente dotados com mais mão de obra devido à alta taxa de natalidade nestas condições. O trabalho excedente nesses países é o recurso humano disponível com mais abundância do que o recurso de capital tangível. Este recurso humano pode ser transformado em capital humano com entradas efetivas de valores educacionais, de saúde e morais. A transformação de recursos humanos primitivos em recursos humanos altamente produtivos com estas entradas é o processo de formação de capital humano.
    O problema da escassez de capital tangível dos países superavitários de mão de obra pode ser resolvido através da aceleração da taxa de formação de capital humano com investimentos privados e públicos em educação e saúde das suas economias nacionais. O capital tangível financeiro é um instrumento eficaz de promoção do crescimento económico da nação. O capital humano intangível, por outro lado, é um instrumento de promoção integral do desenvolvimento da nação porque o capital humano está diretamente relacionado com o desenvolvimento humano, e quando há desenvolvimento humano, o progresso qualitativo e quantitativo da nação é inevitável. Esta importância do capital humano é explícito na abordagem alterada das Nações Unidas para avaliação comparativa do desenvolvimento econômico das diversas nações da economia mundial. As Nações Unidas publicaram o Relatório de Desenvolvimento Humano sobre o desenvolvimento humano em diferentes países com o objetivo de avaliar a taxa de formação de capital humano nesses países. O indicador estatístico de estimativa de Desenvolvimento Humano de cada nação é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). É a combinação do "Índice de Esperança média de Vida", "Índice de educação" e o "Índice de Rendimento". O índice de Esperança média de vida revela o padrão de saúde da população no país, índice de educação revela o padrão de ensino e a taxa de alfabetização da população; e o índice de rendimento revela o padrão de vida da população. Se todos estes índices têm a tendência de crescimento durante um longo período de tempo, é refletido em tendência crescente no IDH.
    O Capital Humano é desenvolvido pela educação, saúde e qualidade de vida. Portanto, os componentes do IDH a saber são o, Índice de Esperança média de Vida, Índice de Educação e Índice de Rendimento estão diretamente relacionadas à formação do capital humano dentro da nação. IDH é o índice de correlação positiva entre a formação de capital humano e o desenvolvimento económico. Se o IDH aumenta, existe uma maior taxa de formação de capital humano em resposta ao aumento do nível de educação e saúde. Da mesma forma, se o IDH aumenta, o rendimento per capita da nação também aumenta. Implicitamente, o IDH revela que quanto maior formação de capital humano, devido à boa qualidade de saúde e educação, maior será o rendimento per capita da nação. Este processo de desenvolvimento humano é a base sólida de um processo contínuo de desenvolvimento económico da nação por um longo período de tempo. Este significado do conceito de capital humano na geração de desenvolvimento económico a longo prazo da nação não pode ser negligenciada. Espera-se que as políticas macroeconômicas de todas as nações se centram na promoção do desenvolvimento humano e desenvolvimento económico posterior. O Capital humano é o pilar desenvolvimento humano e do desenvolvimento econômico em todas as nações.
    Comentário: Infelizmente no Brasil, o IDH está longe de ser uma preocupação relevante do atual governo, e tão pouco o Capital Humano tem sua relevância dentro da gestão das empresas brasileiras, cujos responsáveis abusam do valor do Capital Monetário, para impor condições às vezes humilhantes aos profissionais que a elas se dedicam. 

    sábado, 26 de abril de 2014

    Comunicação interna eficiente evita rádio peão

    Fofoca é um mal que atinge empresas de qualquer porte. Deixa o clima tenso, cria insegurança, atrapalha o desempenho dos funcionários e pode até ter consequências mais sérias para os envolvidos e para o próprio negócio. Como é dificílimo eliminar definitivamente a rádio peão, assim chamada a disseminação de boatos no ambiente de trabalho, o melhor que o empreendedor tem a fazer é manter uma boa comunicação interna. Quando a empresa não se pronuncia ou erra o momento de fazê-lo, dá espaço para rumores se propagarem. A curiosidade das pessoas, que querem estar a par do que ocorre, fala mais alto. Para reduzir as fofocas, o gestor deve manter um diálogo (não monólogo) frequente com a equipe; precisa dizer o que espera dos empregados, quais os rumos do negócio e ouvi-los. A linguagem tem de ser clara, objetiva, sem termos técnicos, pois só assim a mensagem será compreendida. Os boatos podem partir de um funcionário que tem contato com a direção ou que está há muito tempo na casa e por isso goza de certa credibilidade. Ele representa um líder informal. Porém, em vez de deixá-lo à vontade para criar suas teorias ou espalhar fragmentos imprecisos de informações, o empreendedor pode aproveitá-lo como representante da equipe e integrá-lo a encontros em que se discutem melhorias no ambiente de trabalho. Ele passa a ser um aliado na transmissão do que é verdadeiro. Reuniões periódicas, mural com comunicados e e-mails informativos são ferramentas úteis para inteirar os empregados do que está em curso. No entanto, nem todos os assuntos podem ser repassados indistintamente. Quando uma mudança grande ou negociação estiver em andamento, é prudente avaliar qual o momento adequado para fazer a divulgação. Uma informação transmitida precipitadamente pode suscitar dúvidas e especulações. Dados estratégicos só devem ser tratados entre os realmente envolvidos na questão, para evitar ao máximo vazamentos. Saber comunicar-se internamente reduz curtos-circuitos domésticos e preserva a imagem da empresa, pois o alcance da rádio peão pode se estender para além dos corredores. Artigo de Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae-SP

    terça-feira, 22 de abril de 2014

    O que é Administração de Pessoal?

     
    O setor de Administração de pessoal é uma das partes fundamentais para a estrutura de uma organização, normalmente representada por um quadro diminuto de funcionários, o que não desmerece a sua importância dentro da empresa. Entre as atividades básicas do setor de administração pessoal podemos citar a admissão, demissão, treinamento e demais funções que tem como intuito nortear o colaborador dentro do regime da empresa. A rotina do setor de administração pessoal, por ser responsável por diversas atribuições ligadas à legislação trabalhista, deve manter-se constantemente atualizada sobre a legislação trabalhista para evitar qualquer tipo de problemas judiciais, seja com colaboradores, ex-colaboradores, fornecedores e demais relações empresariais. A parte de tributação e fiscalização pelos órgãos responsáveis também é uma obrigação desse departamento, que deve revisar constantemente as mudanças tributárias e fiscais para evitar problemas com as unidades reguladoras.
     
    O profissional com conhecimentos em administração pessoal pode trabalhar nas mais diversas áreas devido ao caráter fundamental do setor em toda e qualquer empresa, seja ela de pequeno ou grande porte, privada ou estatal. Dependendo do grau de especialização do profissional ele pode ser remanejado para diversas áreas, ou seja, a polivalência operacional do profissional de administração pessoal é um dos trunfos para ele manter-se sempre requisitado pelo mercado. Onde e como cursar?
     
    Os interessados em ingressar na área de administração pessoal devem buscar um curso que o qualifique para tal função. Os cursos disponíveis no mercado podem ser presenciais ou à distância, devido à necessidade de atividades teóricas e práticas, os métodos escolhidos irão apresentar vantagens e desvantagens. Por fim fique atento à reputação e a qualidade das certificações oferecidas ao término do curso, elas poderão fazer a diferença na hora de ingressar no mercado. Dê preferência a instituições que ofereçam cursos de qualidade e com certificados reconhecidos nacionalmente.

    sábado, 22 de março de 2014

    Vestindo a camisa da empresa - Por Cristiano Brasil

     
    As empresas precisam de colaboradores que vistam a camisa, você já ouviu essa expressão? Com certeza já ouviu, mas no fundo, o que isso significa?
    Vestir a camisa da empresa significa pensar e se sentir como parte da empresa, tendo noção de que se a empresa for bem você também vai bem e se a empresa for mal, consequentemente você também irá mal.
    Quantas vezes você andando pelo pátio da empresa viu um prego, um pedaço de ferro no chão e não juntou?  Pois esse prego pode furar o pneu de um veículo da empresa e gerar uma despesa desnecessária.  Isso é vestir a camisa. Isso é ver o que pode estar errado ao seu redor e mesmo que não seja sua atribuição, que tente resolver.
     
    Quantos funcionários fumam e depois jogam os “tocos” de cigarro no chão? Alguém terá que limpar isso... Pra empresa é um custo a mais...  Quanto mais custo a empresa tiver, menos sobra para um possível aumento de salário.
    Quantas vezes, você saiu da sala e não apagou as luzes? Não é meu... o Patrão é rico...  Ouço muito isso.
    Esse funcionário que está sempre jogando contra a empresa, que diz o patrão é rico, infelizmente está literalmente “dando um tiro no pé”.
     
    Gostaria que você fizesse agora, um exercício mental: Imagina o seu local de trabalho. Sua mesa, lá na empresa. A máquina no qual você trabalha. Imagine olhando ao redor...
    Agora me diga: O que você pode fazer, o que poderia sugerir para melhorar esse ambiente? Para evitar desperdícios lá no seu local de trabalho...  Qual sua sugestão para que possa produzir mais, melhor e menos tempo?
    Sua contribuição é muito importante, pois você que trabalha 8 horas por dia, por no mínimo 5 dias da semana nesse local é a pessoa que mais tem a falar, como podemos mudar para melhor!
     
    Pense nisso e faça hoje mesmo esse exercício na empresa onde trabalha.
    Vá até seu gerente e lhe diga suas sugestões para melhorar o desempenho, para reduzir custos ou para melhorar algum processo.
    Agora sim, você vestiu a camisa da empresa. Imagine todos saberem que a empresa agora produz mais e melhor, reduz melhor seus custos por uma ideia que partiu de você? Já pensou nisso?
    Vista a camisa e seja feliz em seu trabalho!
    Até a próxima semana!
    Cristiano Brasil
     
     
    Empresário, Palestrante, Pós graduado MBA em Gestão Financeira e Pós graduado Especialista em Mercado de Capitais, Certificado a atuar como Agente de Investimentos credenciado á Corretora Geral Investimentos e Câmbio, Sócio Diretor da i9 Investimentos. Presta auxilio no planejamento financeiro de famílias, casais, pessoas físicas e jurídicas.
    Certificado ANCORD credenciado junto á CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e BACEN (Banco Central do Brasil). Certificado PQO seguimento BM&F e BOVESPA credenciado junto á Bolsa de Valores.
    Autor do livro de Bolso “A Cartilha do Dinheiro” onde lista mais de 80 dicas de como a família pode economizar no dia-a-dia.
    Cristiano Brasil é Vice Presidente Regional do CEJESC (Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de SC) para o Extremo Sul Catarinense.
    contato@i9investimentos.com.br
    +55 (48) 9949-7993
    +55 (48) 9958-4168
    http://www.poupeeinvista.blogspot.com

    Fonte: http://www.programacases.com.br/coluna/voce-veste-a-camisa-da-empresa-